quarta-feira, 27 de junho de 2012


“— Alô?
— Rô?
— Hã? Quem é?
— Sou eu. Não olha quem tá chamando antes de atender?
— Maria Luíza, que horas são?
— Não me chama pelo nome, você sabe que eu não gosto.
— Mô, que horas são?
— 02:45
— Ah, Malú! Não acredito que fez isso comigo de novo.
— Sério, tô com problemas.
— O que aconteceu amor?
— Tô sem sono.
— Você já tentou contar carneirinhos? Isso quase sempre funciona.
— Eu já tentei.
— E o que quer que eu faça, Malú?
— Canta pra mim.
— Ah não, Malú. Não.
— Então me diz algo fofo.
— Eu te amo, Malú.
— Disso eu sei.
— Ainda bem que não esqueceu.
— Quando você está presente, é difícil esquecer algo.
— A cada dia eu te amo mais, mais e mais. E você é mais gostosa do que todas as outras. Agora me deixa dormir, Malú!
— Rô! Isso não foi fofo.
— Eu te amo.
— Eu te amo.
— Tô com sono.
— Tchau Rô. Boa noite.
— Tchau amor.
— Ei.
— Fala.
— Tu me acha gorda?
Ele ri.
— Não Malú. Você é a guria mais gostosa que eu já conheci.
— Canta pra mim!
— Ah, cara! Tá bom, o que você quer que eu cante?
— Fogo e paixão!
— Você sabe que eu odeio essa música.
— Vai!
— Você é luz, é raio estrela e luar. Manhã de sol, meu iaiá, meu ioiô. — ele escuta gargalhadas. — Você é “sim”, e nunca meu “não”. Quando tão louca, me beija na boca, me ama no chão… — ele percebe ela calada — Malú?
Ela tinha pegado no sono.
— Boa noite pequena. — ele desliga o celular.”
— Tem certeza que não me acha gorda? (via prisioneiro-da-morte)

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