sexta-feira, 29 de junho de 2012

Corte após corte. Lágrima após lágrima. Me sinto perdendo o chão, estou sem rumo, apenas busco redenção. Quero tirar essa dor de mim. Um, dois, três cortes. Sou julgada todo tempo. Me chamam de fraca. Me sinto amargurada, renegada, e de certa forma doente. Preciso de ajuda, mas ajuda mesmo. E cada vez que a lâmina passa, é uma tentativa de tirar essa dor de mim, que sufoca, que dói. Eu sou feliz? Será mesmo ? Bom, eu nunca sei, sabe; É que os momentos de felicidade na minha vida se tornaram tão raros, que agora é só vazio tomando conta de mim. Eu procuro fingir que estou feliz, procuro sempre ter pensamentos positivos, por que falam que eles nos ajudam. Não sei aonde viu. Porque, por mais que eu pense e diga “Eu estou bem” , eu não posso sentir. Não posso sentir que isso vá ser verdade. Então eu fico apenas existindo. O meu “eu” está ali apenas de corpo. A alma passeia, ela viaja. A procura de um lugar. Aonde não seja rejeitada. Aonde se encontre. Dúvidas aparecem constantemente, acompanhadas de perguntas céticas. Logo vejo que nada sei. Penso em desistir. Logo percebo que não posso fazer isso, que não irei. Não por falta de vontade, mas por cada gesto e palavra, ou pessoa que me botou pra baixo. Só me resta seguir em frente e, bom… Esperar. Porque sabe, eu não sei mais o que esperar do amanhã, pois o hoje, bom… Ele está sendo mais difícil do que eu pensei.

                                                                                     (Desconhecido)

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